top of page

RELATÓRIO DO TERCEIRO DIA DE PRÁTICA

     No dia 3 de abril, uma quinta-feira, foi o dia do conto. A história torna-se importante porque é através dela que a criança aprende, descobre, diverte-se e sonha de forma lúdica e pedagógica. Este dia foi estipulado para que o chefe do dia tenha a responsabilidade de ir para casa escolher a sua história preferida e trazer para partilhar com os seus colegas.

     Quando chegamos à sala, todas as crianças já se encontravam no tapete, prontas para descobrir qual o livro que o chefe do dia, o Afonso, tinha trazido de casa para contar aos seus colegas. Ao lado da educadora, o chefe segurava na saquinha das surpresas enquanto cantaram a música da saquinha das surpresas. De dentro dela saiu o livro que o chefe havia trazido, um livro que continha muitas histórias.

     A educadora leu o título das histórias, mas o chefe só podia escolher uma história, que foi a do “Capuchinho Vermelho”. A educadora leu a história dando a entoação necessária a cada personagem, e conforme lia uma página o chefe e a educadora mostravam às crianças. Para se tornar mais divertido cantaram a canção do capuchinho vermelho:

 

“Pela estrada fora eu vou bem sozinha, levar estes bolos à minha avozinha. Ela mora longe e o caminho é deserto e o lobo mau mora aqui por perto.”

 

     Seguidamente, a educadora perguntou quem queria recontar a história. Como são os colegas que escolhem a história que querem partilhar, a educadora não pode planear o que fazer após a contar. É então que improvisa, de acordo com o interesse das criança,s e decide dar a oportunidade às crianças de fazer um teatro de fantoches. Enquanto as personagens eram escolhidas pelo chefe, tendo em conta os meninos que se portaram bem, a educadora foi buscar os fantoches alusivos às respectivas personagens (o capuchinho, a avozinha, o lobo e o caçador). Com a ajuda da docente, que improvisou um pequeno cenário, as crianças tiveram oportunidade de encarnar os personagens e elas mesmas contaram a história sendo a educadora o narrador. O exercício repetiu-se pela segunda vez dando oportunidade a outras crianças. Contudo, não pode ser repetido mais nenhuma vez pois as crianças encontravam-se muito agitadas.

     Posto isto, seguiu-se a actividade orientada. A educadora seleccionou um pequeno grupo que se sentou à mesa para fazerem um desenho da história. Enquanto isso, as restantes crianças foram divididas por mais duas mesas onde trabalharam com a plasticina. À medida que as crianças terminavam o desenho, as crianças que se encontravam na mesa da pasticina trocavam de lugar com as da mesa do desenho. A identificação da criança era colocada no canto superior esquerdo juntamente com a data. Nessa mesma folha, foi legendado as personagens e os elementos que compunham o desenho.

     Muito rapidamente terminou a manhã e chegou a hora da higiene e preparação para o almoço, um caldo com arroz, carne, salada e arroz como segundo prato e banana como sobremesa. Mas ainda antes da refeição, as crianças foram brincar nos seus quinze minutos, enquanto nós e a educadora fomos lanchar.

     Quando regressamos, as crianças já se encontravam no refeitório, sentadas nos seus lugares. Neste dia, uma vez que o caldo de arroz era mais aguado, tivemos a oportunidade de ajudar algumas crianças quando já estavam a acabar.

     Neste dia tivemos a oportunidade de entrarmos meia hora mais tarde para podermos estar presentes na higiene das crianças e preparação para a hora do sono.

     Desta forma, as crianças assim que saíram do refeitório, dirigiram-se à sala. Para não causar alvoroço, sentaram-se nas cadeiras. Contudo a agitação foi bem visível. Apenas cinco crianças vão ao WC com o acompanhamento de um adulto. O outro adulto responsabiliza-se pelas crianças que aguardam pela sua vez e apoia as mesmas à medida que saem do WC. Aqui, as crianças fazem xixi, de seguida vão à sala e trazem o seu copo com a pasta e a escova, para lavarem os dentes. Depois de lavados os dentes, a criança volta para a sala, arruma o seu copo na caixa, tira a bata, com a ajuda do adulto; o casaco, que é colocado na sala sobre as costas da sua cadeira; tira os sapatos e arruma-os fora da sala, no banco, junto ao cacifo; as meninas tiram os seus acessórios do cabelo que são arrumados por um adulto. Cada criança já é capaz de reconhecer a sua cama pelo que se deita e espera que alguém o abafe com o seu cobertor.

     Num dia mais agitado como foi este, foi muito importante proporcionar um ambiente calmo na sala para que as crianças se acalmarem na hora do sono, pelo que a educadora e as auxiliares tiveram um papel muito importante.

bottom of page