E-PORTEFÓLIO
Iniciação à Prática Profissional II
REFLEXÃO INDIVIDUAL DE LUÍSA SOUSA
Primeiramente, não posso deixar de salientar a excelente maneira que fomos recebidas, a simpatia e o material que nos foi disponiblizado pela coordenadora pedagógica Isabel Queiroz, pela educadora cooperante Sandy Marques, bem como pelos restantes docentes desta instituição.
Segundo a Lei Quadro da educação pré-escolar, a mesma é de extrema importância para as crianças, visto ser a primeira etapa de educação básica, que deve ser complementar à ação educativa por parte da família, devendo haver uma cooperação para o desenvolvimento harmonioso da criança. Posto itso, o educador tem um papel fundamental na vida das crianças, sendo que as experiências que proporciona e os ensinamentos que transmite determinam o modo de ser e agir das crianças futuramente.
Do meu ponto de vista, a instituição está situada num local de fácil acesso, sem grandes problemas a nível social, o que é um aspeto a favor na escolha do infantário. Apesar de ser uma zona essencialmente habitacional, é calmo, pelo que não se nota muito ruído nas ruas e ainda possui infraestruturas circundantes que são utilizadas em visitas ao exterior, como um parque infantil, que por serem perto da instituição, facilitam a ida das crianças e possibilta que as visitas sejam mais frequentes.
O estabelecimento possui todas as instalações essenciais e a organização indispensável ao bom funcionamento, um bom arejamento e iluminação quando necessário. Os espaços para a brincadeira livre são seguros e possui um material variado à disposiçãod das crianças. Um aspeto que acho muito positivo é a existência de um espaço de plantação onde as crianças cultivam e cuidam de produtos alimentares. É possível verificarem o processo de plantação e desenvolvimento das suas plantações. Cada sala planta um produto e ao longo do ano, uma vez por semana, cada sala é chamada a regar todas as plantações.
Na sala existem espaços definidos, que segundo o Movimento da Escola Moderna são indispensáveis para o desenvolvimento e as aprendizagens das crianças. Exemplos desses espaços são os espaços da biblioteca e os espaços dos brinquedos, jogos e do “faz de conta”, que possui livros diversificados e revistas para as crianças verem e interpretarem e ainda brinquedos diversificados dispersos nos cantinhos dos jogos e da casinha. A sala está muito bem equipada e decorada com placards com trabalhos efetuados pelas crianças e pela educadora, desde o placard da primavera até ao placard da Largartinha muito Comilona.
A rotina diária está bem estruturada de maneira a pensar no bom funcionamento da sala, mas acima de tudo no bem estar das crianças. Nos dois dias em que estivemos na instituição tivemos a oportunidade de acompanhar todas as atividades desde a Canção dos Bons Dias, onde nos sentamos ao pé das crianças, até à pintura de flores para serem colocadas posteriormente no cartaz.
Em relação ao pessoal docente, pelo que foi visível, a educadora desenvolve estratégias pedagógicas diferenciadas, mobilizando valores, saberes e experiências, engloba no projeto curricular saberes e práticas da comunidade, como a realização de atividades do pão-por-deus e das vindimas, desenvolve as relações de respeito mútuo entre docentes, alunos, encarregados de educação e pessoal não docente, tal como o Decreto-lei 240 de 2001, aprovado a 20 de Agosto, onde aprova o perfil geral de desempenho do educador de infância e dos professores do ensino básico e secundário.
Com todas as estratégias adotadas pela educadora têm em conta princípios gerais, aprovados em 1996, com a Lei-Quadro, e assim cumpre com objetivos da educação pré-escolar, tais como desenvolver a comunicação através de diferentes linguagens e proporcionar a segurança e o bem-estar das crianças.
A rotina está muito bem estruturada e as crianças já estão habituadas a ela. A parte do almoço foi uma parte da rotina que mais gostei, porque interagimos muito com as crianças. Sentávamo-nos um bocadinho em cada mesa e incentivavamos as crianças a comer. Com as novas pessoas que “invadiram” o espaço, as crianças até comiam mais e melhor, o que impressionou a educadora. A hora do descanso também me chamou muito a atenção, porque é difícil organizar as crianças de maneira a que todas vão à casa de banho, escovem os dentes, tirem os seus próprios sapatos, casacos e batas e se deitem na cama. Também é complicado que todos façam silêncio até que adormeçam. Quando lá estivemos não foi possível ver que estratégias utilizavam para as crianças ficarem mais calmas, porque iamos embora e as crianças já estavam deitadas mas ainda havia muita agitação na sala.
Com apenas dois momentos de prática, um no primeiro semestre e outro que foi realizado este semestre, acho que ainda não me sinto muito à vontade com o trabalho que desenvolvo nas instituições. Tenho receio de puder estar a fazer algo que prejudique as crianças ou que não seja o melhor para elas e como tal penso muito na maneira de agir com as mesmas. Contudo, acredito que com a prática, as minhas dificuldades vão ser ultrapassadas e as minhas ações vão surgir de maneira mais natural.
Acho que também trabalhamos bem em grupo, eu e minha colega Melita, o que contribuiu para a realização do trabalho da melhor forma possível. Na instituição ajudávamo-nos uma à outra nas dificuldades que sentimos, complementando assim o meu saber com o saber da minha colega.
