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RELATÓRIO DO SEGUNDO DIA DE PRÁTICA

     No dia dois de abril, quando chegamos as crianças estavam sentadas junto à mesa, terminando o lanche que haviam iniciado às nove horas. Como é habitual, a educadora pede a cada criança de forma individual que se dirijam até à área onde se encontra o tapete.

     Neste dia, a educadora pediu às auxiliares que dessem início à canção dos Bons Dias. Enquanto isso, esta retirou-se da sala juntamente connosco e mostrou-nos a instituição.

     Posteriormente, dirigimo-nos novamente à sala, porque as crianças precisavam de apoio para se seguirem até à cave onde se realizou uma peça de teatro. A cave é uma área da instituição onde se desenrolam actividades como as peças de teatro,  expressão físico-motora, assim como actividades extra curriculares. Neste dia comemorava-se o dia do livro infantil. Na cave já estava a equipa de animação GCEA/DRE (Gabinete Coordenador de Educação Artística/ Direcção Regional de Educação) à espera das crianças, pois em poucos minutos dar-se-ia início à peça de teatro “ O Nobre Elefante.” Lá, havia um cenário indiano (um palácio, uma palmeira, um tecido que representava o mar e um biombo preto). As personagens encarnavam o papel de um elefante, três homens mercadores, uma bailarina e um rei. Logo que chegamos ordenaram que a organização fosse feita de maneira a que as meninas ficassem sentadas do lado esquerdo, e do lado direito os meninos. Antes de se dar início à história, a apresentadora referiu que andavam à procura de um elefante mas que haviam recebido informação de que não o iriam encontrar em lado nenhum. Por isso, pediu que todas as crianças se imaginassem sentadas sobre um tapete gigante voador, do tamanho daquela sala e que a partir daquele momento iriam viajar até à Índia à procura do elefante. Como se as crianças se encontrassem mesmo numa viagem, a apresentadora disse: “Senhores passageiros, apertem os vossos cintos, pois vamos dar início a uma viagem imaginária até à Índia!”. A partir destas palavras o teatro de marionetas começou, escurecendo a sala.

     A história conta com um elefante que vivia na floresta num país chamado Índia. Era um elefante muito bondoso, que gostava muito de ajudar os outros. Um dia, três mercadores viajavam com o intuito de venderem as suas mercadorias ao imperador, mas perderam-se na floresta. O nobre elefante, como era muito bondoso, ajudou-os a encontrar o caminho até ao palácio do imperador. Os mercadores tentaram vender as suas mercadorias ao imperador, mas este não estava interessado em nenhuma delas, porque o que ele queria era algo muito especial para oferecer à sua princesa Rânia Vânia. Então, os mercadores lembraram-se das belas presas de marfim do elefante que os tinha ajudado e disseram ao imperador que lhe poderiam vender essas mesmas presas. Apenas tinham que ir caçar à floresta. O imperador logo se aprontou e decidiu que ele próprio iria matar o elefante e tirar-lhe as presas para poder mandar fazer uma bela jóia para a sua princesa. Foi então que os três mercadores e o imperador foram para a floresta para poderem apanhar o elefante. Este encontrava-se no mar a brincar, como adorava, e o imperador sacou a sua arma para poder lhe dar um tiro, mas veio uma onda, e como não sabia nadar, quase se afogava. Quem o salvou foi o elefante, que correu para o ajudar. O imperador ficou muito comovido e emocionado e decidiu que já não iria matar o elefante, porque o que interessa é a bondade que se tem no coração e não os presentes que se possam oferecer ou a ambição. A partir desse momento, o imperador ficou a respeitar muito mais os animais e o elefante tornou-se seu amigo.

     Terminado o teatro, as meninas foram ensaiadas para fazer a dança que a princesa da história havia feito e os meninos de joelhos imitavam o elemento masculino do grupo de teatro. Terminaram em festa com uma dança indiana que havia sido ensaiada anteriormente. Foi desta forma que as crianças se dirigiram à sala, com alegria e conhecimento da magia do coração.

     Ao chegarem à sala, todos se sentaram na área do tapete e a educadora explorou a história reforçando a sua moral, que o mais importante é a bondade, o nosso coração e não os bens materiais. Assim, foram testadas a concentração e a atenção das crianças. A história torna-se também importante no desenvolvimento da linguagem oral e da formação pessoal e social da criança. A educadora também estipulou que às quintas-feiras seria o dia do conto infantil.

    Após a referida atividade, enquanto umas crianças iam ao WC, as restantes permaneceram no tapete fazendo o jogo “O chefe manda”. Há medida que as crianças saíram do WC, formaram o comboio com a rotina de sempre, seguindo para o recreio e posteriormente para o refeitório onde se prosseguiria a hora do almoço, um caldo com massa,  empadão de peixe com sala salada e laranja como sobremesa.

     Após a refeição, a educadora ficou no refeitório com algumas crianças enquanto as que haviam terminado seguiram para a sala a fim de realizarem a sua higiene e se prepararem para o sono.

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